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PISTORIUS E SUA FRACASSADA TENTATIVA DE MUDAR A ESTRATÉGIA DA ALEMANHA NO CONFLITO UCRANIANO

  • Foto do escritor: rafaelpupomaia
    rafaelpupomaia
  • 6 de fev. de 2023
  • 10 min de leitura

No decorrer do conflito russo-uraniano que já se perpetua por quase um ano, várias peças-chaves são necessárias para entender a grandeza do cenário em que o mundo está exposto. Uma delas é a Alemanha, país mais influente na União Europeia e maior economia do bloco. É fato que a ex-primeira-ministra Angela Merkel (2005-2021) foi um baluarte que conseguiu, na medida do possível, equilibrar as tensas relações do Ocidente com a Rússia.

Após a saída do poder de Merkel, ascendeu ao cargo de chanceler da Alemanha Olaf Scholz, em dezembro de 2021. Desde que assumiu, o líder alemão teve que lidar ativamente com a Guerra na Ucrânia e suas consequências diretas. No entanto, Scholz não conseguiu preencher o papel de liderança exercido por Merkel na Alemanha e na Europa. Dessa forma, a Alemanha se mostrou um país ativo no auxílio a Kiev, parecendo representar muito mais os interesses dos EUA do que o da própria Alemanha.

O fato acima se comprova com a insatisfação do povo alemão em relação ao governo de Scholz. Segundo pesquisa do Insa, publicada em agosto de 2022 no jornal “Bild am Sonntag”, apenas 25% da população alemã acredita que o chanceler está fazendo um bom governo. Enquanto 62% dos alemães acreditam que seu trabalho não está sendo bem executado. Se correto os dados da pesquisa, é uma rejeição grande de seu trabalho à frente do Estado alemão.

Como ocorrera com a nomeação de outros ministros, Christine Lambrecht foi anunciada no final de 2021 como ministra da defesa da Alemanha. Devido a sua falta de experiência e conhecimento na área militar, muitas gafes foram cometidas pela então ministra, o que gerou grande repercussão contra sua liderança na área. Além das polêmicas que cercaram seu tempo no Ministério da Defesa, Lambrecht potencializou o sucateamento militar das Forças Armadas da Alemanha. É importante reiterar que o "sucateamento militar" aqui comentando não envolve apenas os equipamentos militares, mas sim a prontidão das Forças Armadas, estoques, suprimentos, armamentos, treinamento e mobilização operacional, dentre outras coisas.

O cenário comentado acima, somado às pressões contra Lambrecht, resultaram em sua renúncia no dia 16 de janeiro. No dia seguinte, Scholz anunciou Boris Pistorius como novo ministro da defesa. O novo ministro tem histórico com a política de segurança, sendo conhecido pela reforma da polícia na Baixa Saxônia. Pistorius entrou no cargo enfrentando uma enorme pressão em relação ao processo de modernização e reformulação da Bundeswehr, e com o aumento da pressão por envio de armas pesadas para Kiev enfrentar os russos, com o principal desejo de Zelensky sendo os tanques de última geração.

No meio da pressão pelo envio dos tanques, a gigante alemã do setor de defesa Rheinmetall afirmou em meados de janeiro que não conseguiria prover tanques Leopard 2 para a Ucrânia antes de 2024, o que aumentou a pressão sobre a Alemanha para o envio do armamento de seu próprio arsenal. Além disso, a Polônia teceu duras críticas a Berlim pela indecisão sobre o tema.

Percebe-se que deste momento até o dia 25 de janeiro, houve uma hesitação de Berlim em relação ao envio desse armamento. Conjecturando um cenário muito factível, Pistorius entendeu a estratégia de Putin em relação a Ucrânia, descrita no blog no artigo: Conclusões Prévias Sobre a Estratégia Geopolítica Russa na Invasão da Ucrânia. Dessa forma, muito provavelmente, o ministro se mostrou contra a decisão de enviar os tanques Leopard 2 plenamente operacionais para a Ucrânia, isso porque esses tanques seriam retirados de seu próprio arsenal. Como Pistorius entendeu que Moscou está executando uma guerra de desgaste para drenar os recursos militares operacionais do Ocidente, ele se opôs a decisão e tentou convencer seus pares a apoiá-lo. No meio da indecisão de Berlim, países como Polônia e Finlândia não poderiam reexportar seus tanques Leopard 2 sem a chancela alemã.

O Ministro da Defesa deve ter sofrido muita pressão de seus pares em Berlim e de seus aliados (EUA, UE e OTAN) para que os tanques fossem enviados. Mesmo com as possíveis dúvidas suscitadas por Pistorius, o chanceler decidiu por enviá-los e dar a luz verde para que outros países enviassem tanques de última geração para a Ucrânia (toda a reexportação de armamentos de fabricação alemã necessita de aprovação do governo alemão). Berlim, no dia 25 de janeiro, anunciou o envio de 14 tanques Leopard 2A6 de seu próprio estoque para Kiev, como parte de uma primeira remessa de tanques.

Um dia após o anúncio, Pistorius afirmou que simpatiza com aqueles que mostram preocupação com o envio dos tanques. Segundo a autoridade:

Tenho pouca simpatia por aqueles que gritaram alegremente 'Aleluia' sobre [o fato] de que há entregas de tanques [...] não há razão para isso [...] Estamos falando de uma guerra e nada nela é agradável.” (RT, 2023c - tradução do autor)

Talvez seja muito cedo para afirmar que essa divergência interna em Berlim tenha causado uma rachadura no establishment alemão, mas poderá ocorrer com o andamento da situação. Um detalhe importante é que o anúncio do envio dos tanques foi feito pelo porta-voz do governo, Steffen Hebestreit, e não pelo chanceler ou pelo ministro da defesa. Por outro lado, a decisão foi bastante festejada por outras autoridades alemãs, como o ministro da economia, Robert Habeck.

No mesmo dia, o presidente Joe Biden anunciou que os EUA enviarão 31 tanques M1 Abrams, formando um completo batalhão de tanques para auxiliar o esforço de guerra ucraniano. O presidente também afirmou que Washington se compromete a fornecer as peças de reposição e todos os suprimentos referentes a utilização dos tanques, incluindo o treinamento da tripulação ucraniana.

Um fato interessante é que Washington estava reticente com a ideia de enviar tanques de fabricação norte-americana. Segundo o Pentágono, os tanques M1 Abrams não seriam aptos para o cenário ucraniano pela sua necessidade constante de peças de reposição e combustível diferenciado, requerendo uma linha contínua de suprimentos para a operacionalização dos tanques na frente de combate, o que na Ucrânia pode ser facilmente cortada pelos russos. Além disso, a tripulação requer treinamento específico para a utilização do tanque. No entanto, o que realmente preocupava os EUA é a Rússia entender tal manobra como uma escalada no conflito.

Mesmo os EUA anunciando o envio de 100 veículos blindados (Stryker e Bradley) para a Ucrânia em meados de Janeiro, não diminuiu a pressão ucraniana pelos tanques que Kiev afirma ser um divisor de águas na guerra. A pressão dos EUA para que a Alemanha enviasse os Leopard 2, fez com que Berlim enviasse um pelotão de seus tanques, mas só o fariam se seus parceiros em Washington fizessem o mesmo. Dessa forma, os EUA anunciaram o envio de seus tanques para Kiev.

É importante perceber que os EUA não retirarão de seu próprio estoque os 31 tanques M1 Abrams que serão enviados. Pelo contrário, eles serão adquiridos por meio da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, onde os EUA compram armas da indústria bélica para enviá-las ao campo de batalha. A Casa Branca disponibilizou US$ 400 milhões para a compra dos tanques da General Dynamics.

Esse movimento está em consonância com o que já foi descrito anteriormente no artigo "O Apoio Econômico e Militar dos EUA e seus Aliados à Ucrânia e suas Consequências". Percebe-se uma nítida cooptação da política norte-americana por interesses econômicos da indústria bélica e do sistema financeiro no conflito, assim como ocorreu no Iraque em 2003. Os EUA perpetram uma verdadeira política de guerra na Ucrânia, não apenas comprando armas da indústria de defesa para entregá-las a Kiev, mas tirando de seu próprio estoque.

No entanto, o movimento de Washington de adquirir os tanques da indústria e não entregá-los de seu estoque desagradou Kiev. Isso porque a chegada dos tanques norte-americanos pode demorar mais do que o esperado, o que segundo Volodymyr Zelensky pode ser tarde demais. Um catalisador para as dúvidas ucranianas é que a General Dynamics está no processo de produção centenas de tanques para a Polônia e Taiwan, o que pode atrasar as entregas para Kiev.

O que poderia mudar este cenário a favor da Ucrânia é que a fábrica da companhia em Lima, Ohio, é destinada a modificação e atualização dos M1 Abrams. Dessa forma, os EUA irão comprar os M1 da indústria, que irá atualizá-los e enviá-los para a batalha. Portanto, as Forças Armadas ucranianas não receberão os tanques Abrams antes do final de 2023. Neste meio tempo, as tripulações ucranianas serão treinadas para operacionalizar o armamento.

Segundo o Zelensky, seu país necessita de cerca de 300 a 500 tanques para que suas tropas possam defender suas posições e lançar uma contraofensiva nas posições russas. O uso de tanques é extremamente importante no teatro de operações ucraniano, uma vez que grande parte dos combates se dão em campos abertos. Muitas táticas utilizando blindados foram empregadas na Segunda Guerra Mundial devido a esse fato, tanto na invasão alemã da URSS, quanto na ofensiva soviética rumo ao Oeste. Obviamente que o cenário mudou em decorrência de novos armamentos e tecnologias, mas a guerra blindada ainda é estratégica tanto para o apoio a infantaria, como sua utilização como unidades ofensivas para a quebra das linhas inimigas.

Além da Alemanha e EUA, a Polônia, que já havia fornecido mais de 200 tanques T-72 à Ucrânia, também disponibilizou 14 tanques Leopard 2[1] de seu arsenal para Kiev. Não obstante, o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, afirmou enviar mais 60 tanques T-72M1 e PT-91 para a Ucrânia. O Reino Unido anunciou o envio de 14 tanques Challenger 2, o principal tanque de combate britânico. O Canadá, por meio de sua ministra da defesa, anunciou o envio de 4 tanques Leopard 2. Por sua vez, a França anunciou o envio de cerca de 40 tanques leves AMX-10 RC. Paris também afirmou que estuda enviar os tanques pesados Leclerc[2] para Kiev, um análogo francês ao Leopard 2 alemão.

A Noruega anunciou que enviará tanques Leopard 2A4 para Kiev, mas não indicou a quantidade. O país nórdico operacionaliza uma frota de 36 tanques Leopard 2. A Finlândia, que está sendo ativa em seus pacotes de ajuda militar para Kiev, está estudando enviar seus tanques Leopard 2 em seu próximo auxílio militar[3]. A Espanha foi outro país que afirmou o estudo do envio de seus tanques alemães para a Ucrânia. Berlim, Oslo, Varsóvia e Londres pretendem entregar seus tanques para a Ucrânia em março.

Nesse meio tempo, o Brasil foi um dos países ocidentais pressionados para auxiliar o esforço de guerra ucraniano. O atual presidente Lula negou o pedido de Berlim para Brasília fornecer munições de tanques Leopard 2. Mesmo com uma mudança recente no governo brasileiro e toda a incerteza política do fato, o pragmatismo na política externa brasileira continua. No ano passado, no governo de Jair Bolsonaro, a Alemanha pressionou e tentou chegar a um acordo sobre o envio de munições do sistema de defesa aérea Gepard para a Ucrânia, que foi vetado por Brasília.

O Kremlin afirmou, por meio de Dimitry Peskov, que o envio de mais armas da OTAN para a Ucrânia trará mais sofrimento ao país e sua população, mas não impedirá a Rússia de atingir seus objetivos estipulados com o início da invasão. Ainda, Peskov disse que o armamento enviado aumentará significativamente a tensão na Europa.

No cenário geopolítico macro, o Ocidente continua tomando as atitudes que a Rússia espera que ele tome. Portanto, dentro da estratégia do Kremlin, tudo está fluindo como o planejado. Cada vez mais recursos e armas ocidentais estão sendo enviados para Kiev continuar a guerra, muitos desses sendo retirados de seus próprios estoques. Isso tudo em um momento que a indústria de defesa ocidental está abarrotada de pedidos e produções para atender o esforço de guerra ucraniano.

O envio de tanques pesados de última geração é um novo ponto de disrupção no auxílio militar dos EUA e seus parceiros para a Ucrânia. Além de serem armamentos caros, tecnológicos, com qualidade e que podem surtir algum efeito em batalha, são armamentos operacionalizados pelas Forças Armadas dos países doadores, ou seja, há um enfraquecimento do poderio militar nacional desses países, principalmente os europeus que estão retirando de seus próprios estoques.

Um segundo ponto de observação é que, além dos tanques pesados, há a possibilidade do envio de mais armas tecnológicas para o esforço de guerra ucraniano, como por exemplo aviões de combate ou mísseis de longo alcance. Como a entrega dos tanques, tal envio aumentará as tensões geopolíticas e militares no continente. O questionamento que fica é: qual o ponto que os EUA e seus parceiros estão dispostos a chegar em sua ajuda para a Ucrânia?

Pistorius foi incapaz de convencer seus pares sobre a estratégia de Moscou na Ucrânia. No entanto, além de deficiência nas cadeias de comando militar do Ocidente que permitem essa sangria de recursos valiosos para uma guerra que não pode ser vencida, está o fato da política estar cooptada por interesses escusos. Percebe-se que há toda uma engrenagem no que foi explanado que contempla não apenas o establishment político das democracias ocidentais, mas as empresas bélicas e de serviços que faturam alto com o conflito.


Rodapé:


[1] A Polônia tem cerca de 250 Leopard 2 em operação em suas Forças Armadas. [2] Sendo o principal tanque francês em atividade, Paris detém cerca de 200 unidades em operação.

[3] A Finlândia operacionaliza cerca de 200 tanques Leopard 2.


Referências:


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AXE, David. Leopard 2s From Poland. Challenger 2s From The United Kingdom. All Of The Sudden, Ukraine Could Get Tanks From All Over Europe. 2023. Forbes. Disponível em: https://www.forbes.com/sites/davidaxe/2023/01/11/leopard-2s-from-poland-challenger-2s-from-the-united-kingdom-all-of-the-sudden-ukraine-is-getting-tanks-from-all-over-europe/?sh=10a4a328d2f8. Acesso em: 20 jan. 2023.

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